Tá Todo Mundo Nu…Ou Quase.

Strip-Tease Biscate: Cada um tira o que quer, mostra o que quer…

Somos Biscates. Somos o Biscate. Somos em ideias, as nossas ideias de liberdade, ausência de julgamento moral, equidade, gozo. Somos em valores, os que insistimos em afirmar teimosa e cotidianamente onde quer que estejamos. Somos em comportamentos: nos nossos amores, nas amizades, na escolha do ofício, nas redes sociais.

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Agora fecha os olhos e imagina o que quiser. Pode ser o que for, cabe tudo aqui. Nudez de corpo e alma, liberdade de soltar a imaginação em busca de. De qualquer coisa que se queira.

Somos o Biscate nas letras que trazemos, todos os dias, aqui, pra vestir as brancas páginas. Cobrimos a página de letras e nos desnudamos. Aqui, escrevemos.

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Deixe os livros de lado, as falas prontas, a pretensa intelectualidade de explicar os porquês das relações e da sexualidade. Agora é só sentir, e sentir assim, nu, sem subterfúgios, sem fugas, sem desvios, deixe as falas saírem despidas, sem pensar, só querendo o prazer intenso e profundo da pele e dos sentidos.

Escrevemos porque não podemos evitar, para ser lido, para tentar dizer, para não morrer. Escrevemos para passar o tempo, para parar o tempo, para mudar a história.

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Pegue um copo, embriague-se. Beba o que quiser, expanda os sentidos, com água ou cerveja, suco ou vodka boa, grandes goles, grandes sensações, deletei-se!

Escrevemos para tecer em palavras um véu que esconda o horror deste vazio que nos ocupa. Escrevemos porque somos humanxs e o mais humano é dizer-se. Só o íntimo, o gozo, a morte, a dor, o riso, o pensamento íntimo e próprio é que sabe se tornar letra biscate.

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Deixe-se gozar. Experimente-se. Permita-se.

Escrever é reconhecer toda falta: de tempo, de corpo, de ser. E é negar, em cada traço, o vazio. Escrever é reconhecer todo excesso: de tempo, de corpo, de ser. E negar os extremos com as entrelinhas, as vírgulas, os intervalos.

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Explore os detalhes, que afloram quando a gente menos percebe. Exale o sexo que está escondido nas curvas dos quadris, atrás da nuca, no canto do pescoço, no que ninguém percebe mas que está ali, latente, e pronto para ser degustado.

Escrevemos porque sabemos que o mundo com o qual sonhamos precisa ser construído também em discurso. A um mundo não basta ser percebido, ele precisa, essencialmente – e é a única essência que reconhecemos – ser dito.

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Decifre o outro. Os outros. Você mesmo na cama. Decifre seu prazer, sem controle moral. Desafie-se a ir além.

Escrevemos o mundo que fazemos e o mundo que queremos. Escrevemos o mundo que habitamos e o que transformamos. Escrevemos sonhos. Daqueles que se sonha com os pés plantados no céu e a cabeça no asfalto. Sonhos que são estrada.

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Os pés, as raízes. Ficam-se ao solo e captam vibrações terrenas, prazeres mundanos. Zonas erógenas bem expostas no dia-a-dia, que estão aqui prontas para serem reinventadas.

Escrever é ir despindo a alma. Escrever é ir desnudando as vontades. Escrever é uma coragem. E um gozo. Escrever aqui é celebrar a possibilidade. De Ser. De ser o que se pode e se quer ser. Se fazer.

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Desenhe no corpo. Com giz, tinta, com os dedos, com a língua, com caneta permanente. Desenhe seus mapas e labirintos. Seja.

Somos o que fazemos, sabemos. E fazemos o que somos. Fazemos o Biscate. Somos o Biscate. Em dito. E em pele. Em corpo. Matéria.

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E, claro, fantasie. O que seria da realidade sem a fantasia? Fantasie-se, fantasie a vida, viva a fantasia, viva a possibilidade de se reinventar a cada dia.

Por isso, nessa nossa festa, nessa celebração do que somos, dizemos, fazemos, nos trouxemos em corpo pra partilhar com vocês. Invertendo a lógica, o nosso corpo é uma metáfora. Do que, diariamente, revelamos Expomos. Mostramos.

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Olhe com calma. Profundo. O sexo pode começar no olhar. Olhe bem. Trepe com os olhos, janelas da alma. Olhe para além do que a vista alcança.

Reafirmamos o nosso Editorial: Acreditamos, convictamente, que todos e cada um deve ser livre para fazer o que bem entender com quem escolher e onde bem quiser – inclusive tirar a roupa no seu próprio blog nos festejos de aniversário. E persistimos na busca de Gentileza, Beleza, Leveza.

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E depois de tudo, ainda há mais. Recomece. Tire tudo de novo. Vá por outros caminhos. Nudez desgarrada. A gente não quer mais as mesmas roupas. A gente quer as roupas que se reinventam, que se perdem, que se acomodam diferentes no corpo a cada dia.

O nosso strip é porque a gente quer se mostrar? Claro. E não temos vergonha nem de mostrar nem de saber disso. Mas não é só (embora isso só já o justificasse). O nosso strip é um convite. Estamos dizendo: Vejam. Olhem. Leiam. Descubram. O que se põe à mostra. O que se põe à prova.

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O riso. Grande e farto. O gozo, livre. Alegria. Viver é alegre, ou pelo menos deveria. O sexo liberta, ou pelo menos deveria. Aqui a gente ri, grande e farto, e a gente pode. Ui ui ui! paraterminar, dá uma reboladinha com a gente, mexe os quadris em busca de leveza, solta tudo por dentro, deixa vir a vontade!

O nosso strip é um convite. Pra você se desnudar com a gente. Pode tirar os anos de inquietação. Os preconceitos. Pode despir a vergonha. O medo de não ser aceito. Pode se livrar do mito da beleza perfeita, do corpo perfeito, da pessoa perfeita: somos, todos, imperfeitos em livre construção aqui. Vem se mostrar. Se desvelar. Se re-velar, se quiser. Porque quando nos damos a ver é uma forma de indicar o que ainda não foi visto. É sexy, acredite. Vem se ver. Se dizer. Se saber. Se saborear. Biscatear.

E não tem festa boa sem convidado, né?

Segue fotinha de bisca-não-escrevente mas que se saboreia, se sabe, se diz, se vê. Pra festejar com a gente. #VemNiNós. Então, já sabe: hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, de quem vier. 

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Seios arrepiados. Vamos tirar tudo. Sentir todos os calafrios de se estar desabrigado de defesas.

E se você quer saber mais, ver mais, ousar mais, passeia pelo blog, vai, tateia, inspira, toca e se toca. Quer trilha sonora? Vai nessa:

Sobre biscatesocialclub

"se acaso me quiseres, sou dessas mulheres que só dizem sim..."
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18 respostas para Tá Todo Mundo Nu…Ou Quase.

  1. Cris Rangel disse:

    E nenhuma nudez será castigada. Nem a do corpo. Nem a da mente. A dos sentimentos. Ou a das palavras. Pq castigo é tentar ser o que não é. Pq castigo é querer ser e ñ poder, e temer.
    E Biscate pode. E se Biscate teme respira fundo e se joga pq sabe que lá no final, já desnuda a carne é também hora de descortinar-se inteira, sem pudor, sem amarras, na mais plena liberdade de sentidos e desejos. Amo vcs todos Biscates. E amo a biscatagi que corre solta!
    Bjo

    • lindo lindo lindo comentário, Cris. Fiquei arrepiada. “Pq castigo é tentar ser o que não é. Pq castigo é querer ser e ñ poder, e temer.”
      E você disse muito bem: não é que a gente não tema. A gente teme; e se joga.
      Grande beijo.

  2. ftiagocosta disse:

    Água na boca! =P

  3. Silvia Badim disse:

    ai que lindeza estar e ser aqui. amo muito! vida longa ao nosso clube!

  4. Iara disse:

    Apenas que: ❤ ❤ ❤

  5. juliana disse:

    que delícia de post.

  6. Dandi disse:

    Faltou ousadia aí, hein? 😛

  7. José Wagner disse:

    Putz,que texto!confetes,serpentinas,poesias,………..

  8. Sara Joker disse:

    Adorei! Ano fazer parte desse clube!

  9. Cláudia disse:

    Eu sinto um orgulho indescritível de fazer parte desse clube. E este fazer parte chegou num momento em que eu estava frágil, triste… E consegui me reerguer!
    Valeu – e vale – cada linha, cada vírgula, cada ponto dedicado a este blog. Amo tudo isso aqui! E sou graça a tudo que o BSC me proporciona todos os dias!

  10. Mari Biddle disse:

    Perdi ” de enviar fotos com os peitos jogados na avenida”! Não acredito!

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