Strip-Tease Biscate: Cada um tira o que quer, mostra o que quer…
Somos Biscates. Somos o Biscate. Somos em ideias, as nossas ideias de liberdade, ausência de julgamento moral, equidade, gozo. Somos em valores, os que insistimos em afirmar teimosa e cotidianamente onde quer que estejamos. Somos em comportamentos: nos nossos amores, nas amizades, na escolha do ofício, nas redes sociais.
Somos o Biscate nas letras que trazemos, todos os dias, aqui, pra vestir as brancas páginas. Cobrimos a página de letras e nos desnudamos. Aqui, escrevemos.
Escrevemos porque não podemos evitar, para ser lido, para tentar dizer, para não morrer. Escrevemos para passar o tempo, para parar o tempo, para mudar a história.
Escrevemos para tecer em palavras um véu que esconda o horror deste vazio que nos ocupa. Escrevemos porque somos humanxs e o mais humano é dizer-se. Só o íntimo, o gozo, a morte, a dor, o riso, o pensamento íntimo e próprio é que sabe se tornar letra biscate.
Escrever é reconhecer toda falta: de tempo, de corpo, de ser. E é negar, em cada traço, o vazio. Escrever é reconhecer todo excesso: de tempo, de corpo, de ser. E negar os extremos com as entrelinhas, as vírgulas, os intervalos.
Escrevemos porque sabemos que o mundo com o qual sonhamos precisa ser construído também em discurso. A um mundo não basta ser percebido, ele precisa, essencialmente – e é a única essência que reconhecemos – ser dito.
Escrevemos o mundo que fazemos e o mundo que queremos. Escrevemos o mundo que habitamos e o que transformamos. Escrevemos sonhos. Daqueles que se sonha com os pés plantados no céu e a cabeça no asfalto. Sonhos que são estrada.
Escrever é ir despindo a alma. Escrever é ir desnudando as vontades. Escrever é uma coragem. E um gozo. Escrever aqui é celebrar a possibilidade. De Ser. De ser o que se pode e se quer ser. Se fazer.
Somos o que fazemos, sabemos. E fazemos o que somos. Fazemos o Biscate. Somos o Biscate. Em dito. E em pele. Em corpo. Matéria.
Por isso, nessa nossa festa, nessa celebração do que somos, dizemos, fazemos, nos trouxemos em corpo pra partilhar com vocês. Invertendo a lógica, o nosso corpo é uma metáfora. Do que, diariamente, revelamos Expomos. Mostramos.
Reafirmamos o nosso Editorial: Acreditamos, convictamente, que todos e cada um deve ser livre para fazer o que bem entender com quem escolher e onde bem quiser – inclusive tirar a roupa no seu próprio blog nos festejos de aniversário. E persistimos na busca de Gentileza, Beleza, Leveza.
O nosso strip é porque a gente quer se mostrar? Claro. E não temos vergonha nem de mostrar nem de saber disso. Mas não é só (embora isso só já o justificasse). O nosso strip é um convite. Estamos dizendo: Vejam. Olhem. Leiam. Descubram. O que se põe à mostra. O que se põe à prova.
O nosso strip é um convite. Pra você se desnudar com a gente. Pode tirar os anos de inquietação. Os preconceitos. Pode despir a vergonha. O medo de não ser aceito. Pode se livrar do mito da beleza perfeita, do corpo perfeito, da pessoa perfeita: somos, todos, imperfeitos em livre construção aqui. Vem se mostrar. Se desvelar. Se re-velar, se quiser. Porque quando nos damos a ver é uma forma de indicar o que ainda não foi visto. É sexy, acredite. Vem se ver. Se dizer. Se saber. Se saborear. Biscatear.
E não tem festa boa sem convidado, né?
Segue fotinha de bisca-não-escrevente mas que se saboreia, se sabe, se diz, se vê. Pra festejar com a gente. #VemNiNós. Então, já sabe: hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, de quem vier.
E se você quer saber mais, ver mais, ousar mais, passeia pelo blog, vai, tateia, inspira, toca e se toca. Quer trilha sonora? Vai nessa:
E nenhuma nudez será castigada. Nem a do corpo. Nem a da mente. A dos sentimentos. Ou a das palavras. Pq castigo é tentar ser o que não é. Pq castigo é querer ser e ñ poder, e temer.
E Biscate pode. E se Biscate teme respira fundo e se joga pq sabe que lá no final, já desnuda a carne é também hora de descortinar-se inteira, sem pudor, sem amarras, na mais plena liberdade de sentidos e desejos. Amo vcs todos Biscates. E amo a biscatagi que corre solta!
Bjo
lindo lindo lindo comentário, Cris. Fiquei arrepiada. “Pq castigo é tentar ser o que não é. Pq castigo é querer ser e ñ poder, e temer.”
E você disse muito bem: não é que a gente não tema. A gente teme; e se joga.
Grande beijo.
Água na boca! =P
ai que lindeza estar e ser aqui. amo muito! vida longa ao nosso clube!
Apenas que: ❤ ❤ ❤
que delícia de post.
Faltou ousadia aí, hein? 😛
Diz o moço que deve uma webcam de cueca e nunca apareceu…
exato. E que nos inspira.
Na verdade eu estava puxando a orelha dele 😉
eu sei! 😀 good cop, bad cop.
anotado. mas a condição era o primeiro lugar. só pra ficar nos autos. 😀
Putz,que texto!confetes,serpentinas,poesias,………..
Adorei! Ano fazer parte desse clube!
*amo
Eu sinto um orgulho indescritível de fazer parte desse clube. E este fazer parte chegou num momento em que eu estava frágil, triste… E consegui me reerguer!
Valeu – e vale – cada linha, cada vírgula, cada ponto dedicado a este blog. Amo tudo isso aqui! E sou graça a tudo que o BSC me proporciona todos os dias!
*grata.
Perdi ” de enviar fotos com os peitos jogados na avenida”! Não acredito!